O senador Lindbergh Farias (PT-RJ): o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que trabalhou para o petista na eleição ao governo do Rio de Janeiro (Antônio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2015 às 18h17.
Brasília - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) está na lista dos políticos que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
O nome do senador está entre os 28 pedidos de abertura de inquérito enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro Teori Zavascki, na quarta-feira, 4.
Em depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que trabalhou para o petista na eleição ao governo do Rio de Janeiro no ano passado como arrecadador de recursos de empreiteiras para financiar a campanha.
Costa contou aos investigadores da Operação Lava Jato que empreiteiras pagavam propina em troca de contratos com a petroleira. Partidos políticos teriam recebido sua parte no esquema em forma de doações oficiais.
A reportagem confirmou que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, também está na lista da PGR com pedido de abertura de inquérito.
A procuradoria-geral da República também pediu investigações contra o senadores Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro das Minas e Energia, e Fernando Collor (PTB-AL).
Segundo fontes do Judiciário, Collor teria o maior número de indícios contra si, inclusive com dinheiro do esquema depositado em sua conta corrente.
O senador tem influência política na BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras investigada no esquema.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta quinta-feira, 5, que o senador Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente do Senado, também esta na lista dos que poderão ser investigados.
A relação inclui ainda os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) e do Senado, Renan Calheiros (AL), ambos do PMDB.
Palocci
Conforme investigadores, o nome do ex-ministro Antonio Palocci não consta dos pedidos de abertura de inquérito e arquivamento enviados ao STF na última quarta.
Ele foi citado por delatores do esquema como um dos que arrecadava o dinheiro da propina para o PT. O MPF trabalha no levantamento de mais indícios para apurar o suposto envolvimento de Palocci com as denúncias.