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Janot pede mais 60 dias para investigações contra Aécio

Um dos casos diz respeito à acusação de que Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo Odebrecht para sua campanha eleitoral

Aécio: Janot não vislumbrou conexão nos fatos narrados pelos delatores da Odebrecht com a Lava Jato e solicitou a redistribuição dos inquéritos (Moreira Mariz/Agência Senado)

Aécio: Janot não vislumbrou conexão nos fatos narrados pelos delatores da Odebrecht com a Lava Jato e solicitou a redistribuição dos inquéritos (Moreira Mariz/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2017 às 21h15.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prorrogação por 60 dias do prazo para a conclusão das investigações no âmbito de dois inquéritos instaurados contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) com base na delação da Odebrecht.

Um dos casos diz respeito à acusação de que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo Odebrecht para a sua campanha eleitoral.

De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda.

"O prazo inicial concedido de 30 dias para conclusão da investigação mostrou-se insuficiente para apuração adequada dos fatos, razão pela qual a autoridade policial requereu a sua prorrogação. O pedido da autoridade policial merece acolhida, haja vista existirem diversas medidas investigatórias ainda pendentes", escreveu o procurador-geral da República.

No outro inquérito, Aécio é investigado por ter solicitado, segundo delatores, o pagamento de vantagens indevidas para a campanha eleitoral de Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 2010.

Delatores revelaram que, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em "vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia. Aécio nega as acusações.

Em ambos os casos, o procurador-geral não vislumbrou conexão nos fatos narrados pelos delatores da Odebrecht com a Operação Lava Jato e solicitou a redistribuição dos inquéritos, que atualmente estão sob a relatoria do ministro Edson Fachin.

Janot ressaltou, no entanto, que os dois inquéritos em questão devem ficar com o mesmo relator.

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