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Janot pede a Fachin novo depoimento de Marcelo Odebrecht

O inquérito investiga os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR)

Marcelo Odebrecht: o procurador-geral da República também se posicionou favorável à prorrogação das investigações por trinta dias (foto/Reuters)

Marcelo Odebrecht: o procurador-geral da República também se posicionou favorável à prorrogação das investigações por trinta dias (foto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2017 às 20h42.

Brasília - Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que três delatores da Odebrecht, entre eles o herdeiro da empreiteira, Marcelo Odebrecht, prestem novos depoimentos, para que esclareçam a atuação da empresa no âmbito de um inquérito sobre irregularidades nas obras da usina de Angra 3.

O pedido foi feito ao ministro Edson Fachin, relator no STF dos processos da Operação Lava Jato.

O inquérito investiga os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Raimundo Carreiro.

A investigação tem como fundamento a delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, que teria relatado pagamentos mensais ao advogado Tiago Cedraz em troca de influência e informações sobre o TCU.

Pessoa disse ainda ter negociado pagamento de R$ 1 milhão com o advogado para liberação, pelo tribunal de contas, das obras da usina de Angra 3 - que teve a UTC entre as empreiteiras que formavam consórcio contratado para execução do projeto.

O procurador-geral da República também se posicionou favorável à prorrogação das investigações por trinta dias.

"O procurador-geral da República manifesta-se favoravelmente à concessão do prazo, entretanto, as investigações já se alongam em demasia, sendo necessário ultimar a coleta de provas nesses autos", escreveu Janot, em despacho assinado na última segunda-feira, 27.

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