Janot: no domingo termina seu mandato (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de setembro de 2017 às 19h05.
Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 20h50.
São Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira que os ataques que tem sofrido são o custo de enfrentar um modelo político corrupto.
"Tenho sofrido nessa jornada, que não poucas vezes pareceu inglória, toda sorte de ataques", disse Janot na última sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que participou ainda à frente da PGR. No domingo termina seu mandato.
"Resigno a meu destino, porque mesmo antes de começar sabia exatamente que haveria um custo por enfrentar esse modelo político corrupto e produtor de corrupção cimentado por anos de impunidade e de descaso", acrescentou.
Janot apresentou nesta quinta-feira uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer, desta vez acusando o peemedebista de obstrução da Justiça e de ter atuado como líder de organização criminosa.
"As páginas da história hão certamente de contar com isenção e verdade o lado que cada um escolheu para travar sua batalha pessoal nesse processo", disse Janot no plenário do Supremo.
Após suas declarações, a presidente do STF, Cármen Lúcia, agradeceu o trabalho feito pelo procurador-geral e disse que o Ministério Público continuará fazendo o trabalho que lhe cabe.
"O Ministério Público, continuará, tenho certeza, a cumprir a missão que é tão importante que foi entregue pela Constituição de 1988 de uma forma muito especial", disse Cármen Lúcia.
"Nós do Poder Judiciário, somos honrados com o Ministério Público que muito honra o Brasil, honrou com a presença de vossa excelência e certamente com os que virão depois", acrescentou.