Janot: "Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo de delação será rescindido" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de setembro de 2017 às 19h51.
Última atualização em 4 de setembro de 2017 às 21h03.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta segunda-feira, 4, que se a delação da JBS for rescindida, as provas entregues pelos executivos do grupo não serão anuladas.
Segundo Janot, o áudio que chegou ao conhecimento da Procuradoria na quinta-feira às 19 horas revela uma conversa entre dois colaboradores que, "aparentemente, não sabiam que estavam sendo gravados".
"Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo de delação será rescindido. Eventual rescisão do acordo não invalida as provas até então oferecidas".
"A revisão do acordo pode levar à rescisão (do acordo), mas não anula as provas", afirma Janot. "Os indícios são gravíssimos. O resultado pode ser a rescisão com a perda total da premiação sem prejuízo das provas apresentadas."