Janaína: a advogada escreveu que as preocupações do general sobre a crise política são válidas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Luísa Granato
Publicado em 20 de setembro de 2017 às 19h32.
São Paulo - A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment apresentado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, defendeu hoje a fala do general Antonio Hamilton Martins Mourão sobre uma possível intervenção militar no Brasil.
Em uma série de mensagens no Twitter, a advogada apoia que o Exército atue na defesa da Constituição Federal, no caso de uma crise no país, como defendeu o general Mourão na última sexta-feira, dia 15, em reunião na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília. O encontro aconteceu depois de Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, denunciar pela segunda vez o presidente Michel Temer por participação em organização criminosa e obstrução de justiça
Na palestra, o general colocou a possibilidade de uma intervenção do Exército caso as instituições não solucionem o problema político. “Desde o começo da crise, o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade”, ele justificou.
20) Se o crime tomou conta do país, alguém tem que defender a Constituição Federal. Foi isso que disse o Gen. Mourão. Eu assino embaixo.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) September 20, 2017
Janaína escreveu que as preocupações do general sobre a política brasileira e a atuação das instituições são válidas, e levantou o debate sobre a ação das Forças Armadas durante uma crise, se devem responder ao presidente ou defender a Constituição. Ela também cita a situação na Venezuela, em que o exército permaneceu ao lado do presidente Nicolás Maduro durante os protestos contra a Assembleia Constituinte.
11) Se eu, uma pobre professora reprovada na Usp, estou preocupada com o discurso pró-nulidades de membros do STF, imaginem o General!
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) September 20, 2017
16) Vocês acham que o Gen Mourão não tem razões para se preocupar? Pensem no julgamento do TSE, que deixou de cassar a Chapa Dilma/Temer.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) September 20, 2017
Nesta quarta-feira, o Exército decidiu que não vai punir o general por suas declarações.