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Itaoca aguarda recursos para recuperar danos

Na tragédia, até agora foram confirmadas 25 mortes

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 14h38.

São Paulo - A vida, aos poucos, vai voltando ao normal no município de Itaoca, no Vale do Ribeira, a 340 quilômetros da capital paulista.

No entanto, 19 dias depois da devastação provocada pela tromba d'água que atingiu a região nos dias 12 e 13 deste mês, duas pessoas permaneciam desaparecidas até o início da tarde de hoje (30).

Na tragédia, até agora foram confirmadas 25 mortes.

Mais de 100 pessoas ainda não puderam retomar sua rotina em casa.

Entre elas, 17 são de seis famílias desabrigadas que foram alojadas em um salão cedido pela igreja católica.

Há ainda 62 famílias, em um total de 131 pessoas, que moravam em áreas de risco e foram abrigadas em casa de parentes, onde aguardam a reforma ou a avaliação de engenheiros da Defesa Civil sobre o comprometimento de suas residências.

“Ainda há muito o que fazer, mas acredito que, em um mês, teremos a cidade reconstruída”, disse o chefe de gabinete da prefeitura, João Batista Belizário.

Segundo ele, não há mais lama obstruindo as vias públicas, o comércio retomou as atividades, o abastecimento de água e luz já foi quase totalmente restabelecido e apenas em algumas localidades é necessário o fornecimento de água potável por caminhões-pipa ou garrafões.

Belizário espera que, até segunda-feira (3), o município receba a verba, já aprovada pelo governo federal, para o repasse de R$ 2,4 milhões, empenhado pelo Ministério Ministério de Integração Nacional. Além disso, o governo do estado comprometeu-se a construir 90 moradias que serão financiadas, acrescentou.

O prefeito Rafael Rodrigues Camargo informou hoje a verba federal será usada, em parte, para o aluguel das máquinas e dos equipamentos necessários, principalmente para desassorear os afluentes do Rio Palmital que cortam a cidade.

De acordo com Camargo, as margens dos rios ainda estão obstruídas pela queda de árvores de grande porte e há muita madeira espalhada.

“Esse dinheiro vai ajudar na limpeza [e servirá] para afastar o temor de que volte a chover forte e tenhamos de novo problemas de enchente”, disse o prefeito. Segundo Camargo, ainda será necessário refazer 11 pontes.

Cinco delas foram completamente danificadas e as demais continuam sendo usadas, porém, de forma precária.

Quanto à acomodação dos desabrigados e das famílias retiradas das áreas de risco, o prefeito disse que já foi desapropriada uma área para a construção de pelo menos 60 moradias com recursos do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR)

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