Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram em 7 de outubro no sul do país (Joédson Alves/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 5 de novembro de 2023 às 12h33.
O embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, reconheceu neste domingo a possibilidade de atraso no resgate de brasileiros em Gaza com fechamento de fronteira.
Na última sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que os brasileiros deverão deixar a região até a próxima quarta-feira.
Ele tem mantido conversas por telefone com o chanceler de Israel, Eli Cohen, e obteve a garantia deste compromisso.
Porém, a autorização para o uso da passagem de Rafah, que liga Egito e Gaza, foi suspensa na tarde de sábado.
— Se continuar fechada, atrasará a saída de todos os estrangeiros, não somente dos brasileiros. Vamos ver o que acontecerá nas próximas horas, sem fazer previsões ou criar expectativas — diz ao GLOBO o embaixador no Egito.
Do Brasil, há 34 pessoas no aguardo: 24 são brasileiros, 7 são palestinos em processo de imigração e 3 são parentes próximos.
A justificativa para o fechamento da passagem de Rafah ainda não foi esclarecida oficialmente. A suspensão foi anunciada após forças israelenses atingirem uma ambulância na região externa do Hospital Al-Shifa em Gaza, na última sexta-feira.
Egito, EUA, Catar e Israel são os responsáveis pelas tratativas para a liberação pela passagem de Rafah. Caminhões de ajuda ainda podem entrar no território.
As saídas começaram na quarta-feira e, desde então, centenas de pessoas já deixaram o território, incluindo feridos que estão recebendo tratamento em hospitais da península egípcia do Sinai.
Nesta segunda-feira, o Itamaraty deve ter um posicionamento fechado sobre o possível atraso da saída de brasileiros.