Palácio do Itamaraty, em Brasília: beneficiados pelas cotas terão que acertar pelo menos 40% da prova (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2012 às 19h53.
Brasília - O Ministério das Relações Exteriores estabeleceu cotas para negros na prova de admissão ao curso de preparação de diplomatas do Instituto Rio Branco. A partir do ano que vem, serão aprovados, na fase inicial da prova, 10% a mais de candidatos. Esses precisarão ser afrodescendentes e alcançar o mínimo necessário de acertos, que é de 40% da prova.
A seleção de candidatos a diplomatas é considerada a mais difícil do serviço público devido ao alto nível de exigência para aprovação e também pelo grande preparo dos candidatos. A prova tem três fases. Na primeira delas, chamada de Teste de Pré-Seleção (TPS), normalmente são selecionados os 300 melhores classificados. A partir de agora, serão incluídos outros 30, exclusivamente negros.
A medida pretende ampliar o acesso de afrodescendentes à carreira diplomática fazendo com que mais candidatos negros passem da pré-seleção. No entanto, a vantagem acaba nessa primeira fase. Depois, as notas dos candidatos são zeradas.
A seleção começa novamente com uma prova eliminatória e classificatória de português, em que é preciso acertar 60% das questões, e segue com as provas de geografia, história, política internacional, direito, economia, inglês e uma segunda língua, em que a média de acertos também precisa alcançar 60%.