O defensor de Battisti, Luiz Barroso, afirmou que seu cliente é uma vítima de um processo histórico
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2011 às 23h38.
São Paulo - O governo italiano estuda recorrer à Corte de Haia para tentar obter a extradição do terrorista Cesare Battisti, cuja permanência no Brasil foi garantida por uma decisão do Supremo Tribunal Federal na noite desta quarta-feira.
O advogado Nabor Bulhões, que representou a Itália no caso, disse que a decisão representa o descumprimento de um tratado de extradição firmado entre os dois países. “Isso constitui um ilícito interno e um ilícito internacional”, afirmou. Agora, de acordo com ele, o caso pode ser retomado em outra alçada.
“A Itália pretende, sim, examinar a possibilidade de submeter a questão a á Corte Internacional de Haia. Isso está sendo objeto de reflexão”, disse ele logo após o resultado do julgamento.
O defensor de Battisti, Luiz Barroso, afirmou que seu cliente é uma vítima de um processo histórico: “Não é fácil um homem na circunstância dele voltar à liberdade. É um homem traumatizado por uma perseguição política”, declarou.