Notícia sobre o refúgio dado por Lula a Battisti já chegou à Itália (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2010 às 11h39.
Brasília - A Itália chamou seu embaixador no Brasil, Gherardo La Francesca, para consultas depois da notícia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos na década de 70, vai continuar no País, não sendo, portanto, extraditado para a Itália.
A decisão de mantê-lo no Brasil foi tomada hoje pelo presidente Lula depois de se reunir com o advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams. Lula acatou o argumento da Advocacia Geral da União (AGU) que, usando um artigo do Tratado de Extradição entre Brasil e Itália, avaliou que a extradição de Battisti colocava a vida do ex-ativista em risco de perseguição e até de morte.
Battisti foi condenado a prisão perpétua na Itália em 1987 por quatro assassinatos promovidos pela organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Preso na Penitenciária da Papuda desde março de 2007, aguardava uma decisão do presidente sobre sua extradição. Lula não queria deixar o caso para ser resolvido pela futura presidente Dilma Rousseff. As informações são da Dow Jones.