A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2015 às 19h17.
Brasília - Em entrevista nesta segunda-feira, 24, no Palácio do Planalto, aos jornais O Estado de S.Paulo, O Globo e Folha de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff negou qualquer possibilidade de afastamento do ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Questionada se havia fundamento nos rumores que movimentaram o mercado financeiro hoje, Dilma foi categórica: "Isso é mentira".
A presidente frisou que a reforma ministerial que está promovendo tem caráter estruturante e confirmou que "à primeira vista" pretende reduzir dez ministérios. "Vamos passar todos os ministérios a limpo", afirmou Dilma, adiantando que haverá também redução de secretarias em ministérios que não serão extintos.
"Até setembro anunciaremos os ministérios que serão cortados", declarou a presidente, que aproveitou a conversa para reafirmar seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Minhas relações com Lula são as mais próximas. Quem tentar me afastar dele não conseguirá", disse, classificando como um "desserviço" os ataques ao ex-presidente. "Botar bomba no Instituto Lula; fazer aquele boneco (Lula vestido de presidiário na manifestação do dia 16) é um desserviço para o País."
Cargos comissionados
Dilma afirmou ainda que a reforma ministerial enxugará em torno de 5% o total de cargos comissionados (de livre nomeação e exoneração na gestão pública. "A reforma ministerial vai extinguir cerca de mil, dos cerca de 22,5 mil cargos comissionados", disse a presidente.