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Irmão de Ronaldinho Gaúcho é condenado pela Justiça

Roberto de Assis Moreira, foi condenado pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos

Assis está envolvido em outras polêmicas, como a do Instituto Ronaldinho Gaúcho (Giuseppe Cacace/AFP)

Assis está envolvido em outras polêmicas, como a do Instituto Ronaldinho Gaúcho (Giuseppe Cacace/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 18h58.

Porto Alegre - O empresário e irmão de Ronaldinho Gaúcho, Roberto de Assis Moreira, foi condenado pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. A sentença, publicada na última quinta-feira, estabelece pena de cinco anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de multas.

A decisão é do juiz José Paulo Baltazar Junior, da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre. Para sua denúncia, o Ministério Público Federal entendeu que Assis contribuiu para que fossem sonegadas informações ao Banco Central (BC) sobre a transferência e o câmbio de US$ 884 mil para dentro do País em ao menos cinco operações entre 2003 e 2004.

Além disso, o empresário manteve depósitos de aproximadamente US$ 455 mil em um banco suíço sem o conhecimento da Receita Federal, e ainda teria ocultado movimentações de propriedade no valor de R$ 776.480,28, convertendo-o em ativos lícitos.

Assis, que já jogou no Grêmio, Corinthians, Fluminense e Vasco, afirma que o dinheiro investido, cujos impostos foram sonegados, são recebimentos por seus trabalhos como atleta na Europa, encerrados em 2001, na França.

O ex-jogador ainda deve pagar multas no valor de 40 salários no valor vigente em 2004, e outros 15 salários mínimos, em 2003. Entretanto, Assis ainda pode recorrer da decisão em liberdade. O empresário foi procurado pela reportagem, mas não atendeu aos telefonemas.

Assis está envolvido em outras polêmicas, como a do Instituto Ronaldinho Gaúcho. Criado em 2006, em Porto Alegre, para atender crianças e jovens carentes, a instituição teve suas atividades encerradas em 2011. Na semana passada, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou a criação de uma CPI para investigar os contratos entre a ONG e a prefeitura da capital, no valor de R$ 6 milhões.

Além disso, a casa noturna de propriedade de Assis e Ronaldinho, aberta em Porto Alegre, em frente à casa da família Assis Moreira, foi interditada recentemente após um assassinato na saída de uma festa.

Em janeiro deste ano, o Porto Alegre, clube de futebol mantido pela família Assis Moreira, fechou as portas. Fundado em janeiro de 2006, a equipe disputou a Série A do Campeonato Gaúcho em 2010 e 2011, mas acabou rebaixado para a divisão de acesso.

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