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Irmão de Requião é investigado por lavagem de dinheiro

Ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião está sendo investigado pelo Ministério Público Federal


	Porto de Paranaguá: investigação é um desdobramento da Operação Dallas, deflagrada pela Polícia Federal em 2011 para investigar possíveis irregularidades no porto
 (Wikimedia Commons)

Porto de Paranaguá: investigação é um desdobramento da Operação Dallas, deflagrada pela Polícia Federal em 2011 para investigar possíveis irregularidades no porto (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 23h00.

Curitiba - O ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, irmão do senador Roberto Requião, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. A investigação é um desdobramento da Operação Dallas, deflagrada pela Polícia Federal em 2011 para investigar possíveis irregularidades no Porto de Paranaguá (PR), entre elas uma licitação suspeita de fraude para a compra de uma draga no valor de R$ 45,6 milhões, que não aconteceu.

Além de Eduardo Requião, são investigados o ex-superintendente Daniel Lúcio Oliveira Souza, que o sucedeu na Appa, e o ex-secretário especial Luis Mussi, além de outras seis pessoas. A suspeita levantada pela Polícia Federal, conforme indicaram escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, apontou que dos R$ 46,5 milhões supostamente pagos à empresa chinesa que cederia a draga, 10% seriam dirigidos ao grupo e R$ 50% do valor para Requião.

O procurador Rui Maurício Ribas Rucinski não quis se pronunciar sobre o caso, com a alegação de que o inquérito tramita sob segredo de Justiça. O advogado Roberto Brzezinski Neto, que defende Mussi e Requião, foi procurado pela reportagem e até às 18 horas não havia se manifestado.

A Polícia Federal encontrou na casa de Requião um talão de cheques do Bank United, cuja sede fica em Miami, Flórida, nos Estados Unidos. A PF suspeita de que ele poderia ter usado a mulher e um filho como "laranjas" para uma provável lavagem de dinheiro, o que ainda não foi comprovado. Em outras interceptações telefônicas, a PF captou conversas entre Requião e o empresário paraguaio Alex Hammoud, proprietário da empresa vencedora da licitação para adquirir a draga, nas quais indicavam grandes movimentações cambiárias.

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