Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO): "o PTB tem suas raízes, nós temos as nossas" (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2015 às 23h57.
Porto Alegre - O senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) afirmou na noite desta segunda-feira, 13, que irá até as "últimas consequências" para evitar a fusão do Democratas com o PTB. "O PTB tem suas raízes, nós temos as nossas", disse durante participação no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre.
Recentemente, a Executiva do DEM deu carta branca à continuidade da negociação para a junção das legendas, que ocorreria no início de maio, mas a decisão acabou adiada depois que, na semana passada - após uma reunião de quatro horas -, a bancada do PTB colocou um pé no freio no processo, preferindo consultar melhor as bases antes de seguir adiante.
Cada vez mais isolado no Democratas ao rejeitar um possível acordo com o PTB, Caiado repetiu na capital gaúcha que uma sigla que fez oposição ao PT nos últimos 12 anos não poderá amanhã ser confundida com um partido da base do governo.
Ao Broadcast Político, Caiado explicou que, ao dizer que vai até as últimas consequências, ele se referia à tentativa de levar o assunto para discussão em duas instâncias posteriores à decisão da Executiva do DEM: a reunião do conselho político do partido e, depois, a convenção nacional. Nenhum dos dois eventos têm data marcada.
"Quanto mais prorrogarmos melhor", falou. "O que estamos fazendo é convocando todos os filiados, todos os delgados do partido, para que não deixem acontecer o que seria um desastre ao Democratas. Temos uma linha doutrinária que não pode ser alterada para aumentar o tempo no rádio e na televisão."
Sobre a tentativa frustrada de instaurar uma CPI para investigar o BNDES, Caiado afirmou que está cada vez mais difícil "por causa da atuação do governo federal. Na última semana, a oposição chegou a apresentar o pedido de abertura no Senado, mas a retirada da assinatura de seis senadores governistas em cima da hora motivou um recuo. Caiado é desde fevereiro o responsável por colher as assinaturas. São necessários 27 nomes. "Vou continuar buscando as assinaturas para recompor o número mínimo e apresentá-las à mesa", disse.