Segundo pesquisa, famílias acreditam que 2011 será melhor financeiramente que 2010
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 16h45.
São Paulo - O grau de otimismo das famílias brasileiras em relação à situação socioeconômica do País aumentou em janeiro ante o mês anterior, apontou o índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O indicador atingiu seu patamar mais alto desde sua criação, há seis meses: 67,2 pontos, em uma escala que varia de 0 a 100.
"Há uma desconexão entre a expectativa das famílias e as medidas que estão sendo anunciadas. As famílias preveem que estarão com a situação melhor do que no ano passado", disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, sobre a atuação do governo para reduzir o ritmo de crescimento da economia, com a elevação das taxas de juros.
Quanto à expectativa das famílias sobre a situação econômica do Brasil nos próximos 12 meses, 64% disseram esperar melhoras. Já quando o período em questão são os próximos cinco anos, o porcentual dos que esperam melhores momentos cai para 60,9%.
Do total de entrevistados, 76,8% avaliaram que a situação financeira das famílias está melhor agora do que há um ano. Já o porcentual dos que esperam que a situação melhore ainda mais nos próximos 12 meses é de 83,7%.
Por outro lado, as famílias são mais moderadas com relação à compra de produtos de consumo duráveis. Do total, 58,2% avaliam que o momento atual é propício para adquirir este tipo de produto. Este índice é o maior desde o início da pesquisa, há seis meses. Para Pochmann, no entanto, deve haver um ajuste nos próximos meses. Ele avalia que o governo poderá tomar medidas mais enérgicas para desacelerar o crescimento da economia.
Segundo o Ipea, houve redução do número de famílias que estavam muito endividas, de 8,4% em dezembro para 8,3% em janeiro. Já os que não têm dívidas aumentaram de 50,4% para 50,6% no mesmo período.
Sobre a situação de segurança na ocupação do responsável pelo domicílio, 79,6% disseram achar não estarem ameaçados de perder seus postos de trabalho. O porcentual é o maior desde agosto, quando a pesquisa foi iniciada. No entanto, o porcentual dos que têm expectativa de melhoria profissional é de apenas 39,1%.