Eunício Oliveira: "As investigações precisam ser bem feitas, concluídas e depois anunciadas" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Sebrae de Notícias)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 16h46.
Brasília - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu nesta terça-feira, 5, que as investigações relacionadas às delações da JBS sejam profundas e cortem "na carne" de quem praticou "atos adversos".
O peemedebista aproveitou o anúncio do procurador-geral da República (PGR) para criticar os vazamentos seletivos e pontuais à imprensa.
"Quando aconteceram primeiras delações, eu vim dizer que era contra os vazamentos. As investigações precisam ser bem feitas, concluídas e depois anunciadas. Eu, da mesma forma, espero e tenho certeza que o MP não tem compromisso com o erro. Espero que as investigações sejam verdadeiramente aprofundadas. E se tiver que cortar, que corte nas carnes de quem praticou atos adversos à moral e à boa pratica pública", afirmou o senador.
O presidente do Senado ainda aproveitou para criticar delatores que contam "qualquer história" para não serem presos. "[Os vazamentos] colocam nomes à disposição da opinião pública, por homens que cometeram delitos e, para não serem presos, contam qualquer história", disse.
Questionado se o possível cancelamento da delação da JBS enfraquece as denúncias contra o presidente Michel Temer, Eunício preferiu não opinar para ficar "isento".
"O Senado não participa desse processo [da denúncia contra Temer], é um processo que cabe exclusivamente à Câmara. E, como cabe ao presidente do Congresso, Eunício Oliveira, conduzir um eventual processo de eleição indireta, prefiro ficar distante para me manter isento", complementou.