Brasil

Invasão de terra da Suzano e da Veracel chega ao 4º dia

De acordo com informações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), mais de 1.200 mulheres integrantes da Via Campesina ocupam área no município de Itabela


	Outras 200 famílias ocupam uma área de propriedade da Suzano no município de Teixeira de Freitas, segundo o MST
 (GERMANO LUDERS)

Outras 200 famílias ocupam uma área de propriedade da Suzano no município de Teixeira de Freitas, segundo o MST (GERMANO LUDERS)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 14h50.

São Paulo - A invasão de terras promovida por movimentos sociais em áreas das empresas Suzano Papel e Celulose e Veracel na Bahia chegaram nesta quinta-feira a seu quarto dia.

Desde a segunda-feira, dois grupos ocupam fazendas de propriedade das fabricantes de celulose. As negociações estão em andamento mas ainda não há uma previsão de retirada.

De acordo com informações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), mais de 1.200 mulheres integrantes da Via Campesina ocupam uma área da Veracel no município de Itabela.

A Veracel, por sua vez, informa que apenas 120 pessoas estão no local. Outras 200 famílias ocupam uma área de propriedade da Suzano no município de Teixeira de Freitas, segundo o MST. A Suzano informa que o movimento também ocupa uma área no município de Caravelas.

Em nota, a Veracel destaca que a área ocupada é dedicada ao plantio de eucalipto que está em fase de brotação.

A mobilização da Via Campesina surpreendeu a companhia, uma joint venture entre a brasileira Fibria e a sueco-finlandesa Stora Enso, porque há uma negociação em curso entre a Veracel e movimentos sociais com atuação naquela área.


O acordo em análise é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre empresa, movimentos sociais, Poder Público e universidades com o objetivo de criar um programa de assentamentos sustentáveis.

A iniciativa, segundo a Veracel, é classificada como a "mais expressiva em direção à reforma agrária dos últimos 25 anos na região".

As companhias já estão em negociação com líderes dos movimentos e aguardam por um desfecho da situação o quanto antes.

"As negociações já foram iniciadas com os representantes do MST ali acampados, visando a desocupação das referidas áreas com tranquilidade e sem riscos para qualquer pessoa", destacou a Suzano em nota. Segundo a empresa, o clima no local é de "comportamento respeitoso" entre as partes.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFazendasMadeiraMST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem TerraPapel e Celulosesuzano

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022