Cirurgia: de acordo com o chefe do Centro de Cirurgia de Mão, Anderson Monteiro, a doença tem maior incidência entre as mulheres com mais de 40 anos (Michele Tantussi/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 17h04.
Rio de Janeiro – O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) começou hoje (9) o segundo mutirão de cirurgias de mão do ano, beneficiando 80 pacientes que sofrem com a síndrome do túnel do carpo.
O objetivo da ação é acelerar o atendimento aos pacientes com a doença, que leva à perda progressiva da sensibilidade nas mãos e nos dedos. O trabalho prossegue até sexta-feira (13).
A síndrome do túnel de carpo é a maior demanda recebida pelo centro especializado em mão do Into e suas causas podem ser diversas, como doenças reumáticas, diabetes e hipotireoidismo.
De acordo com o chefe do Centro de Cirurgia de Mão, Anderson Monteiro, a doença tem maior incidência entre as mulheres com mais de 40 anos, devido à variação hormonal na menopausa.
"Em 95% dos casos, o problema atinge os dois punhos, causando a perda progressiva da sensibilidade da ponta dos dedos. Se a doença não for tratada de forma adequada e em tempo hábil, ela pode ocasionar a dormência total e permanente. Por conta disso, há uma alta incidência da pessoa que tem a síndrome de ser afastada do trabalho", informou Monteiro.
Ainda de acordo com o médico, o tratamento cirúrgico consiste na liberação do túnel do carpo, que fica localizado na parte anterior dos punhos, por onde passam os tendões flexores dos dedos e o nervo mediano. No primeiro mutirão de cirurgias de mão do ano, em setembro, 100 pacientes que sofriam da síndrome foram operados.