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Intervenção no Rio é "jogada de marketing", diz líder da oposição

Como líder da minoria, José Guimarães (PT-CE) deve participar do Conselho da República, criado para deliberar sobre a intervenção

Temer: o deputado afirmou que tem receio de que a decisão "vire moda" no país (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: o deputado afirmou que tem receio de que a decisão "vire moda" no país (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 17h14.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2018 às 19h12.

Brasília - O líder da oposição na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), considera que o decreto do presidente Michel Temer de intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro é uma "jogada de marketing" e não vai resolver os problemas do Estado.

Como líder da minoria, ele deve participar do Conselho da República, criado para deliberar sobre a intervenção, e antecipou que vai questionar a decisão de Temer.

Guimarães afirmou ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), nesta sexta-feira, 16, que tem receio de que a decisão "vire moda" no País. "Hoje é o Rio, amanhã é outro Estado e depois outro, e assim vai se tornando rotina. O governo vai fazer intervenção em todos os Estados? Porque diversos Estados passam por essa situação (de crise na segurança). Onde vamos parar?", questionou.

Para ele, o Brasil vive hoje uma "crise institucional por culpa dos cortes sistemáticos de recursos realizados pelo governo". "O Temer é um dos grandes responsáveis por este aprofundamento da crise no Rio de Janeiro. Não há por parte do governo nenhuma atitude de construir um novo pacto pela segurança pública no país", criticou.

Ele defende que Temer deveria se reunir com governadores para estabelecer uma política nacional de segurança pública, estabelecer uma campanha nacional com entes federados e liberar recursos para os Estados. "Ninguém vai resolver problema somente com intervenção. Isso não pode ser caminho para combater violência. Há de se ter novos programas sociais, mas o governo só corta."

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