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Instituto de traumatologia no Rio de Janeiro faz mutirão

A iniciativa pretende ampliar a capacidade de atendimento do Into e reduzir o tempo de espera por cirurgias ortopédicas


	Hospital: quase 400 cirurgias pediátricas foram feitas neste ano pelo Into, sendo a maioria para o tratamento de fraturas, alongamento ósseo e correção do pé torto
 (Michele Tantussi/Bloomberg)

Hospital: quase 400 cirurgias pediátricas foram feitas neste ano pelo Into, sendo a maioria para o tratamento de fraturas, alongamento ósseo e correção do pé torto (Michele Tantussi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 14h01.

Rio de Janeiro – O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), na zona portuária do Rio de Janeiro, faz ao longo desta semana um mutirão de cirurgias para atender mais de 40 crianças e adolescentes, entre 1 e 15 anos, com deformidades ortopédicas.

Trata-se do segundo mutirão feito pelo Centro de Ortopedia Pediátrica em 2013.

A iniciativa faz parte de um conjunto de medidas determinado pelo Ministério da Saúde para ampliar a capacidade de atendimento do Into e reduzir o tempo de espera por cirurgias ortopédicas.

Segundo o médico-chefe do Centro Ortopédico Pediátrico, Pedro Henrique Mendes, o tempo de espera atualmente pode chegar a um ano. A meta é que o paciente espere entre dois e três meses.

“O tempo de espera é grande, pois temos poucas unidades que realizam essas cirurgias no estado. Além disso, atendemos também a demandas de outros estados, por sermos uma instituição federal”, explicou o médico ao afirmar que a demanda por esse tipo de cirurgia é similar à de outros países em desenvolvimento, mas há carência de centros especializados em cirurgias ortopédicas no Brasil.

Ainda de acordo com Mendes, a maioria dos casos são de doenças que afetam o sistema neuromuscular, síndromes ou deformidades ortopédicas congênitas, como o pé torto. “Em mais da metade desses pacientes é necessário fazer mais de um procedimento cirúrgico, pois há doenças que acometem os dois pés ou as duas pernas”, informou ele.

O cirurgião também esclareceu que algumas doenças são comuns em todo o mundo, como o pé torto. Outras, no entanto, são deformações que poderiam ser evitadas e que ocorrem em alguns lugares do Brasil devido à falta de estrutura para assistências pré e pós-natal.


“Algumas mães, sem acesso a um pré e pós-natal adequados, têm complicações como parto muito prolongado – que pode acarretar na asfixia da criança, ou parto prematuro – que pode prejudicar o sistema nervoso. Essas complicações impactam igualmente o sistema osteo muscular”, disse.

Quase 400 cirurgias pediátricas foram feitas neste ano pelo Into, sendo a maioria para o tratamento de fraturas, alongamento ósseo e correção do pé torto. Desde o início do ano, o Into fez 12 mutirões que atenderam 740 pacientes.

Foram 760 cirurgias efetuadas pelos centros especializados em crânio maxilofacial, quadril, coluna, oncologia ortopédica, ortopedia pediátrica, joelho, ombro, microcirurgia reconstrutiva, pé e tornozelo, medicina esportiva e mão.

Em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, 268 pacientes foram encaminhados para cirurgia no Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, na zona oeste.

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