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Infestação do Aedes está acima do tolerado em 80 cidades de MG

Em cada 100 imóveis analisados, pelo menos quatro possuíam focos do inseto

Aedes: outros 73 municípios estão em situação de alerta (James Gathany/Wikimedia Commons)

Aedes: outros 73 municípios estão em situação de alerta (James Gathany/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 15h51.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgou hoje (14) um levantamento da infestação do mosquito Aedes aegypti feito em 138 municípios do estado.

Em 80 deles, o que representa 58%, o índice está acima do tolerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O número pode ser maior, já foram analisadas apenas 16,2% das cidades. O estado de Minas Gerais possui 853 municípios.

O Aedes aegypti é o transmissor da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. A OMS acredita que a quantidade de imóveis com criadouros do mosquito seja inferior a 1%.

Sete cidades mineiras - Bambuí, Bom Despacho, Governador Valadares, Aimorés, Mutum, Novo Cruzeiro e Paracatu - apresentaram situação de risco, registrando um percentual igual ou superior a 4%.

Em cada 100 imóveis analisados, pelo menos quatro possuíam focos do inseto. O caso mais grave é Mutum, que registrou um índice de 10,2%, seguido de Governador Valadares, com 7,9%.

Outros 73 municípios estão em situação de alerta, com percentuais variando entre 1% e 3,9%. De acordo com o levantamento, 58% das cidades analisadas estão no limite tolerado, com menos de um imóvel infestado em cada grupo de 100 analisados. Belo Horizonte é um deles. A capital mineira registrou um índice de 0,6%.

A pesquisa classificou os tipos de reservatórios onde os criadouros foram encontrados. A localização de 28,48% dos focos eram depósitos de solo, tais como barris, tambores, tanques e poços, entre outros.

Além disso, 21,44% dos criadouros foram encontrados em depósitos móveis, como vasos, pratos e bebedouros, e outros 20,47% em depósitos fixos, como obras, calhas e lajes.

Em menos quantidade, focos também foram encontrados em pneus, lixos (garrafas, latas e sucatas), depósitos naturais e depósitos elevados, como caixa d'água.

"Mais de 90% dos criadouros do vetor são intradomiciliares. Daí a importância de agirmos em conjunto com a população", destacou Rodrigo Said, subsecretário de vigilância e proteção à saúde de Minas Gerais.

O levantamento foi apresentado durante o lançamento da Campanha de Enfrentamento ao Aedes aegypti, que será coordenado pelo comitê gestor estadual, instalado no final de 2015, para o combate do mosquito.

A estrutura é composta por representantes da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e outros órgãos estaduais.

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