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Indústria química deve crescer quase 30% este ano

Faturamento em 2010 deve chegar a US$ 130,2 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química

Fábrica da Carbocloro: químicos para indústria tiveram maior faturamento, US$ 63,8 bi (Claudio Rossi/VOCÊ S. A.)

Fábrica da Carbocloro: químicos para indústria tiveram maior faturamento, US$ 63,8 bi (Claudio Rossi/VOCÊ S. A.)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 17h16.

São Paulo - A indústria química brasileira deve faturar US$ 130,2 bilhões em 2010, crescimento de 29% na comparação com 2009 e de 6,6% ante 2008, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), divulgada hoje (10) no Encontro Anual da Indústria Química, em São Paulo.

Segundo o balanço, os produtos químicos de uso industrial devem registrar o maior faturamento entre os segmentos setoriais (US$ 63,8 bilhões), seguidos dos produtos farmacêuticos (US$ 19,9 bilhões), de higiene pessoal e perfumaria (US$ 13,8 bilhões) e adubos e fertilizantes (US$ 11,2 bilhões).

De acordo com os dados, a produção brasileira cresceu 75% desde 1990 e 5,8% em relação a 2009. As vendas internas aumentaram 52,2% de 1990 para cá e 7,5% na comparação com 2009. A Abiquim estima que as importações devem chegar a US$ 25,1 bilhões até o fim do ano, contra US$ 23,5 bilhões em 2009. As exportações devem somar US$ 10,7 bilhões (contra US$10,1 bilhões em 2009), que representaria um déficit do setor da ordem de US$ 14,4 bilhões.

Quanto aos investimentos, a indústria química empregou US$ 2,5 bilhões em 2009. Os projetos aprovados ou em andamento somam US$ 11,9 bilhões. Em estudo, US$ 10,3 bilhões, enquanto os projetos de manutenção, melhorias de processo e segurança, meio ambiente e troca de equipamentos chegam a US$ 3,9 bilhões.

Segundo o presidente da Abiquim, Bernardo Gradin, as empresas associadas devem começar a buscar soluções para os problemas que o setor enfrentará em 2011. Ele disse que é preciso acelerar os investimentos pois, caso isso não ocorra, há o risco do desabastecimento da indústria de base. “Se o Brasil continuar crescendo, o consumo que nós vamos proporcionar vai gerar emprego e imposto em outro lugar”. Para ele, é preciso aproveitar o momento favorável que o país vive. “Seria uma perda de oportunidade lastimável não acelerarmos o programa de desenvolvimento para o setor industrial”, disse.

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