Setor de bens de capital está em crescimento (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 14h10.
São Paulo - A alta das importações, impulsionadas pelo mercado interno aquecido e o câmbio valorizado, atrapalha a indústria brasileira, mas não é o principal fator que explica a estagnação do setor.
A avaliação é do analista da Tendências Consultoria Rafael Bacciotti, que participou nesta quarta-feira (5) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.
“As importações atrapalham, mas não são o principal fator (que explica a estagnação do setor). A indústria já opera no limite da capacidade produtiva e, apesar do aumento dos investimentos, a maturação desses projetos ainda não compensou. O NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) continua bastante elevado. Além disso, há um processo de ajuste nos estoques em alguns setores”, diz Bacciotti.
O analista salienta que o setor de bens de capital, que serve de termômetro dos investimentos, teve um bom resultado em novembro. “Para 2011, as perspectivas são positivas. A indústria deve crescer 5,3% enquanto o PIB deve subir 4,4%.”
Na entrevista (para ouvi-la, basta clicar na imagem ao lado), Rafael Bacciotti analisa o papel da indústria na geração de empregos e comenta o impacto da redução do crédito em alguns segmentos.