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Indignado com tentativa de me envolver, diz Collor sobre operação

Collor é suspeito de adquirir imóveis em leilões de bens públicos para lavar dinheiro

Collor: esquema teria movimentado R$ 6 milhões (Igo Estrela/Getty Images)

Collor: esquema teria movimentado R$ 6 milhões (Igo Estrela/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 13h56.

Alvo da Operação Arremate, deflagrada hoje (11), pela Polícia Federal (PF), o senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL) afirmou estar indignado com o que classificou como uma tentativa de envolver seu nome na investigação.

"Estou indignado com a tentativa de envolver meu nome num assunto em que não tenho nenhum conhecimento ou participação. Trago a consciência tranquila e a certeza de que, mais uma vez, ficará comprovada a minha inocência", escreveu o ex-presidente da República (1990-1992) nas redes sociais.

Collor é um dos principais alvos da operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, os investigados são suspeitos de adquirir imóveis em leilões de bens públicos realizados nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2016. Ainda de acordo com a PF, os envolvidos recorriam a "laranjas", pessoas que arrematavam os imóveis com o suposto propósito de ocultar os reais compradores.

 

 

A PF apura se a aquisição dos imóveis servia para ocultar e dissimular a utilização de recursos de origem ilícita e ocultar o patrimônio dos principais beneficiários do esquema. Investigadores estimam que, desta forma, os envolvidos movimentaram cerca de R$ 6 milhões (valores ainda não corrigidos).

Setenta policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de Maceió (AL) e Curitiba (PR) ligados aos suspeitos. Se confirmadas as suspeitas, os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de ativos, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, falsificações e por participação em organização criminosa.

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