Cunha Lima: Dilma demonstra "deslocamento completo da realidade" e "desrespeito" à opinião pública, diz tucano (Pedro França/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 14h24.
Brasília - O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), rebateu o discurso da presidente Dilma Rousseff de que, se a corrupção na Petrobras tivesse sido investigada na década de 90, a situação não teria chegado onde chegou hoje.
Segundo o tucano, a estrutura de corrupção na estatal se desenvolveu no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e todas as indicações envolvidas na Operação Lava Jato foram no governo petista.
"As indicações foram feitas no governo dela, as nomeações foram patrocinadas pelos partidos da base, sobretudo pelo PT", pontuou o senador.
O tucano disse que apesar da "esmagadora maioria" dos funcionários da Petrobras serem honestos, foi criada na estatal uma "verdadeira organização criminosa para assaltar o dinheiro público e financiar o projeto de poder do qual ela (Dilma) é a grande beneficiária".
Ele afirmou que a reação da presidente demonstra "deslocamento completo da realidade" e "desrespeito" à opinião pública.
Na avaliação do líder, a tentativa das empreiteiras de buscarem o ex-presidente Lula são inócuas, uma vez que a Justiça não se deixará contaminar por pressão política.
"Com as delações premiadas a Casa Caiu e o Palácio está prestes a ruir", declarou.
Cunha Lima lembrou que nomes envolvidos no Mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, também voltaram a aparecer nas delações premiadas.
"Nunca se viu no Brasil uma estrutura criminosa montada não apenas na Petrobras, mas em outras áreas do Estado brasileiro, para se perpetuar um projeto de poder. O PT extrapolou todas as medidas, rasgou todos os seus compromissos com a honestidade e ética e dá um topa na cara do povo brasileiro", concluiu.