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Independentes do PMDB entregam manifesto a Temer

Manifesto de parte da bancada do partido na Câmara se posiciona contra a negociação de cargos com o governo federal


	Dilma Rousseff e Michel Temer: parlamentares contrários à negociação de cargos no governo passaram a se declarar independentes
 (REUTERS/Adriano Machado)

Dilma Rousseff e Michel Temer: parlamentares contrários à negociação de cargos no governo passaram a se declarar independentes (REUTERS/Adriano Machado)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 16h29.

Brasília - Representando parte da bancada do PMDB na Câmara, deputados do partido entregaram nesta quarta-feira (7) ao vice-presidente Michel Temer um manifesto contra a negociação de cargos com o governo federal.

O documento, lançado na semana passada, tem a assinatura de 25 deputados peemedebistas que avaliam o país passando por uma das mais graves crises econômicas de sua história, resultante de “escolhas erradas das políticas de governo”.

Os parlamentares contrários à negociação de cargos no governo passaram a se declarar independentes, na última quinta-feira (1), um dia antes de a presidenta Dilma anunciar a reforma ministerial na qual o PMDB ganhou mais poder.

No manifesto, eles dizem que o governo não aponta um caminho claro para as crises econômica e política e “rende-se a um jogo político pautado pela pressão por cargos em um leilão sem qualquer respaldo em projetos ou propostas”.

Michel Temer é presidente nacional do PMDB. Com as mudanças na equipe ministerial, o partido ficou com sete ministérios: Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação; Portos, Minas e Energia; Agricultura, Turismo e Aviação Civil.

Segundo o documento, os votos dos independentes no plenário não dependerá “dessa barganha por cargos”. Eles dizem possuir compromisso com o respeito do Brasil pela “vontade da população, expressa mais de uma vez nas pesquisas e nas ruas do nosso país”.

Os independentes pedem que o PMDB seja chamado à reflexão e que ofereça outro tipo de contribuição ao Brasil, apontando soluções que “reduzam a máquina pública e retomem o desenvolvimento econômico e social para os brasileiros”.

"Embora participando da base do governo federal e ter na vice-presidência um peemedebista, o PMDB nunca foi sequer convidado a participar das decisões governamentais que levaram a essas crisas. As decisões políticas estratégicas nacionais, ao longo desses últimos anos, foram tomadas exclusivamente pelo PT, determinando a situação atual", diz o manifesto.

O encontro ocorreu no início da tarde no gabinete de Temer no Palácio do Planalto e durou pouco mais de uma hora. Quando divulgado na semana passada, 22 peemedebistas assinaram o manifesto: Alceu Moreira (RS), Baleia Rossi (SP), Carlos Marun (MS), Celso Maldaner (SC), Darcísio Perondi (RS), Dulce Miranda (TO), Edinho Bez (SC), Flaviano Melo (AC), Geraldo Resende (MS), Jarbas Vasconcelos (PE), José Fogaça (RS), Josi Nunes (TO), Laudívio Carvalho (MG), Lúcio Vieira Lima (BA), Mauro Mariani (SC), Osmar Serraglio (PR), Osmar Terra (RS), Rogério Peninha Mendonça (SC), Ronaldo Benedet (SC), Roney Nemer (DF), Valdir Colatto (SC) e Vitor Valim (CE).

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