Segundo Alexandre Padilha, a pesquisa mostrou que a hipertensão é mais comum em idosos (Alexandre Battibugli /Guia Quatro Rodas)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 19h12.
Brasília – A maioria das capitais do Norte e do Nordeste apresenta percentual da população com hipertensão inferior à média nacional, segundo pesquisa do Ministério da Saúde divulgada hoje (26). Já o Rio de Janeiro é a capital com a maior incidência da doença.
A pesquisa constatou que subiu de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010, o número de brasileiros hipertensos. Em 12 capitais do Norte e Nordeste,o percentual é menor em comparação à proporção nacional. No Norte, todas as capitais estão com percentual abaixo da média nacional, como, por exemplo, Belém, que registrou 17,5% de hipertensos.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a baixa prevalência nessas regiões está relacionada ao fato que a população é mais jovem em relação à população de outras regiões. A incidência da hipertensão é maior entre os mais velhos. Mais da metade da população acima de 55 anos de idade é hipertensa, enquanto 8,2% dos que estão na faixa etária de 18 a 24 anos foram diagnosticados com a doença, segundo a pesquisa.
Palmas é a capital com o menor percentual de brasileiros adultos com hipertensão arterial, 13,8%. Já o Rio de Janeiro é a que tem o maior percentual, 29,2%, por concentrar grande parte da população idosa brasileira, conforme o ministério.
Na avaliação sobre a prevalência entre os homens, o maior indicador foi encontrado no Distrito Federal (28,8%), seguido por Belo Horizonte (25,1%) e Recife (23,6%). Entre as mulheres, os maiores índices estão no Rio de Janeiro (33,9%), em Porto Alegre (29,5%) e João Pessoa (28,7%). Palmas registra as menores frequências de ocorrência da hipertensão, tanto entre homens (14,3%) como entre mulheres (13,2%).
Os dados divulgados integram pesquisa do ministério sobre a saúde do brasileiro, feita por telefone, chamada Vigitel. Foram ouvidos 54.339 brasileiros, com mais de 18 anos de idade, nas 26 capitais e no Distrito Federal, em 2010. A pesquisa é feita anualmente, desde 2006.