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Incêndio no Hospital de Bonsucesso deixa 2 mortos; ambos tinham covid-19

Vítimas estavam em estado grave na UTI; uma delas morreu ao ser transferida para outro local

Hospital Federal de Bonsucesso: paciente estava em estado grave no CTI da unidade de saúde (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Hospital Federal de Bonsucesso: paciente estava em estado grave no CTI da unidade de saúde (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 20h24.

Última atualização em 27 de outubro de 2020 às 20h42.

Um incêndio de grandes proporções atingiu na manhã desta terça-feira o Hospital Geral de Bonsucesso, uma unidade de referência para diferentes especialidades no Rio de Janeiro, e duas pacientes que estavam internadas com covid-19 morreram.

As duas vítimas estavam internadas em estado grave devido à doença causada pelo novo coronavírus e morreram durante o processo de transferência devido ao fogo. As vítimas tinham 42 e 83 anos, segundo o hospital, localizado na zona norte da cidade.

    No prédio que pegou fogo havia 25 pacientes em estado grave.

    O Corpo de Bombeiros informou que o fogo foi controlado no início da tarde, mas os bombeiros levaram mais algumas horas para conseguir apagar os sinais de fumaça.

    “O rescaldo ainda vai demorar bastante. As causas estão sendo apuradas, mas começou no subterrâneo onde tinha muito material inflamável. Por sorte, o hospital é dividido em prédios e isso ajudou na evacuação. Mas como o subterrâneo se comunica entre os prédios a fumaça se espalhou“, disse o porta-voz do Corpo de bombeiros, Lauro Botto.

    O incêndio teria começado em um prédio onde estariam cerca de 200 pacientes. Segundo relatos, houve pânico e correria entre pacientes, parentes, funcionários e profissionais de saúde.

    O local precisou ser esvaziado às pressas por causa das chamas e da coluna de fumaça.

    “A situação está complicada. Tem pacientes críticos graves que foram levados para o estacionamento do hospital onde não tem como ligar equipamentos e monitores... Tem profissional passando mal, o prédio foi todo evacuado, mas a fumaça chega ao outro prédio“, disse a técnica de enfermagem Tassiana Cardoso.

    "Foi um pânico e um desespero danado, só pensava em salvar meu filho“, disse Ana Diniz, que estava com o filho de apenas 4 dias de vida, nascido no hospital.

    Bombeiros de 12 unidades e quartéis foram acionados para conter as chamas.

    Segundo o secretário de Defesa Civil do Estado, Leandro Monteiro, a unidade atingida pelo incêndio já tinha sido notificada duas vezes e houve dois autos de infração do Corpo de Bombeiros.

    “Nós estávamos num processo de interdição do hospital, mas é humanamente impossível interditar um hospital com 400 a 500 leitos“, disse.

    Peritos da Polícia Federal estiveram no local para avaliar o prédio afetado pelo incêndio.

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