Brasil

Imprensa estrangeira acompanha de perto tragédia em Brumadinho

Jornais da Europa, principalmente, estão cobrindo a tragédia que assolou a cidade de Minas Gerais

Barragem se rompe e lama invade Brumadinho, na Grande BH (Washington Alves/Reuters)

Barragem se rompe e lama invade Brumadinho, na Grande BH (Washington Alves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 14h01.

Londres - A tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, vem sendo acompanhada de perto pela imprensa.

Além de fazer reportagem sobre o tema, a rede de televisão britânica BBC tem atualizado as informações sobre o Brasil em texto corrido na parte de baixo da televisão, enquanto trata de outros assuntos no noticiário.

Em seu site, o colapso da barragem também está bem detalhado, acompanhado da informação de que há pouca esperança de encontrar as centenas de pessoas desaparecidas no Brasil.

A BBC informa também que o episódio ocorreu na propriedade da maior mineradora do país, a Vale.

(BBC/Reprodução)

O jornal britânico de economia Financial Times também escolheu mencionar o caso em sua página principal na internet.

O periódico recordou que, em novembro de 2015, a companhia também esteve envolvida em outra calamidade: 19 pessoas foram mortas quando barragens que continham resíduos na mina de minério de ferro se romperam, submergindo a cidade local de Mariana e lançando milhões de toneladas de lama nos rios.

"As barragens de rejeitos são usadas para armazenar resíduos das minas, e a que quebrou na área de Brumadinho no último desastre da barragem do Vale estava ociosa."

O também britânico The Guardian traz a história como a sua principal reportagem na versão online e publicou uma foto com o lamaçal que encobriu a região.

"As chances de encontrar sobreviventes são 'mínimas' depois que as barragens de rejeitos de minério de ferro se romperam."

Um vídeo também acompanha o texto, que informa que o presidente Jair Bolsonaro visitou Minas Gerais e sobrevoou ontem a área do desastre.

(The Guardian/Reprodução)

Na França, o jornal Le Monde também traz a informação na homepage, mas com menos destaque. A reportagem também comenta sobre a pequena probabilidade de se encontrarem mais sobreviventes e lembrou do drama similar ocorrido em 2015 no mesmo Estado.

O Le Figaro, por sua vez, optou por dar bastante ênfase às imagens e ressalta que as autoridades brasileiras temem um registro "muito pior" do que os nove mortos e cerca de 300 desaparecidos registrados até agora.

Na Alemanha, o Bild também tem atualizado o seu noticiário sobre a tragédia brasileira com frequência.

A última informação foi disponível às 15h30 local (12h30 de Brasília), citando atualizações de números de mortos e expectativas de sobreviventes e lembra que a calamidade de ontem faz voltar a memória o desastre da lama tóxica em Mariana, há pouco mais de dois anos, também em Minas Gerais.

"Mais uma vez, atingiu a região de mineração do sul do Brasil. Entre as pessoas desaparecidas, estão muitos trabalhadores da empresa Vale."

O jornal argentino Clarín disponibilizou vídeos e detalhes sobre os desdobramentos da tragédia. O texto menciona que "um rio de lodo" destruiu casas próximas a Brumadinho.

No espanhol El País, o destaque é o trabalho dos bombeiros. O jornal descreve o acidente e detalha que o local parece um "mar de lama" e menciona o fato de a empresa Vale buscar explicações para o ocorrido e prestar assistência às vítimas.

No jornal norte-americano The New York Times, o texto menciona a tragédia e destaca que, no momento que houve o rompimento, aproximadamente 100 empregados estavam almoçando e que o restaurante foi destruído.

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