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Impossível dar prazos para a chegada de insumos e vacinas, diz Araújo

O ministro das Relações Exteriores afirmou nesta quarta-feira, 20, que a diplomacia brasileira segue trabalhando para trazer insumos da China e vacinas da Índia

Produção no Brasil depende de insumos importados. (Amanda Perobelli/Reuters)

Produção no Brasil depende de insumos importados. (Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 18h49.

Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às 03h45.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira, 20, que a diplomacia brasileira segue trabalhando tanto pela chegada dos insumos da China para a produção de vacinas contra a covid-19 no Brasil, quanto pelo envio de imunizantes prontos ao país por parte da Índia, mas disse que ainda não é possível estabelecer prazos.

Em reunião informal de comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações do governo no combate à crise do coronavírus, o chanceler negou que a importação de insumos da China esteja sofrendo "percalços políticos", acrescentando que o Brasil tem boa relação com os chineses.

Araújo também afirmou que a entrega das doses indianas "está bem encaminhada" e que o governo trabalha "em várias frentes" para acelerar a importação dos insumos chineses, mas disse que não se pode falar em prazos para ambos os casos.

Pouco antes, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou em participação na reunião virtual que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tinha acabado de se reunir com o embaixador da China sobre os insumos para a produção de vacinas do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em nota enviada à imprensa, o governo federal diz que está em constante contato com o governo da China e que é “o único interlocutor oficial com o governo chinês”.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se encontrou com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. O objetivo da reunião foi colocar o Congresso à disposição para tentar agilizar o processo de liberação desta matéria-prima do Butantan, e de insumos da Fiocruz, que também aguardam respostas do governo chinês.

Maia disse que não há “nenhum obstáculo político” nesta atraso e que se trata apenas que questões técnicas, mas sem citar ou especificar quais seriam elas.

Butantan espera receber insumo em 10 dias

O Instituto Butantan espera receber em até 10 dias mais insumos para continuar a fabricação de vacinas contra a covid-19. De acordo com o diretor da entidade, Dimas Covas, o problema do atraso é uma liberação burocrática que envolve o Ministério da Saúde da China, a agência sanitária chinesa e a aduana do país asiático.

“A matéria-prima da Sinovac que vem para o Butantan está pronta desde o começo de janeiro. São 5.400 litros de insumo que dão origem a 5 milhões de doses. A nossa expectativa é de chegar até o fim do mês. A segunda remessa, de 5.600 litros de insumos, tem a previsão de chegar até o dia 10 de fevereiro”, disse Dimas Covas em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 20.

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