Antonio Imbassahy: o ministro foi exonerado da Secretaria de Governo para participar da votação (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de agosto de 2017 às 16h31.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 16h44.
Em busca de apoio para barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, ministros que possuem mandato parlamentar fazem nesta quarta-feira uma ofensiva dentro do plenário da Câmara para tentar reverter votos de última hora.
Exonerado da Secretaria de Governo para participar da votação, o ministro Antonio Imbassahy (PSDB-BA) foi flagrado pelo Broadcast Político negociando a liberação de uma emenda com um deputado do DEM em troca do voto.
A reportagem flagrou o momento em que Imbassahy conversava no fundo do plenário com o deputado Alan Rick (AC) e com o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), sobre a liberação de uma emenda. Rick era do PRB e se filiou ontem ao DEM.
Abordado pela reportagem após a conversa, o deputado do Acre admitiu que eles conversavam sobre a liberação de uma emenda apresentada por ele para reforma do prédio da sede regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) do Acre.
"Aloquei um emenda impositiva para reforma do prédio da Funasa, mas ela nunca foi liberada pelo governo. O ministro disse que liberaria", contou o parlamentar do Acre.
No Placar do Estadão, Rick aparece no rol dos parlamentares que não quiseram responder sobre como vão se posicionar.
Questionado pelo Broadcast Político se já tinha decidido sobre seu voto, ele afirmou que só pretende anunciar seu posição no plenário. "Pretendo votar com minha consciência", disse.
Também questionado pela reportagem, Imbassahy não quis se pronunciar sobre a negociação para a liberação da emenda em troca do voto pela rejeição da denúncia.