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Ilhabela estuda alargar seis praias, como fez Balneário Camboriú

O prefeito Toninho Colucci (PL) disse que a medida pode reduzir a erosão costeira e evitar a inundação de ruas, além de oferecer mais espaço para os turistas

 (Ilhabela/Divulgação)

(Ilhabela/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de novembro de 2021 às 09h42.

Última atualização em 18 de novembro de 2021 às 09h55.

A prefeitura de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, abriu licitação na quarta-feira, 17, para contratar um estudo de retirada da areia do mar e alargamento de algumas praias da ilha um dos principais destinos turísticos do Estado. O prefeito Toninho Colucci (PL) disse que a medida pode reduzir a erosão costeira e evitar a inundação de ruas, além de oferecer mais espaço para os turistas.

Algo assim já foi feito na principal praia de Balneário Camboriú (SC), onde a faixa de areia foi estendida em 45 metros. A dragagem da areia no mar, porém, causou um aumento na presença de tubarões na praia. Ilhabela é próxima de Ubatuba, onde um tubarão atacou um turista no último dia 3. Houve ainda um segundo ataque no feriado do dia 15, que está sendo investigado.

Alargamento da faixa de areia em Balneário Camboriú (Prefeitura Balneário Camboriú/Flickr/Reprodução)

Projeto

O prefeito de Ilhabela já esteve no balneário catarinense para conhecer o projeto. Ele manteve contato com os técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), vinculado ao Ministério da Infraestrutura, para adequar o projeto de Balneário Camboriú às condições geográficas do arquipélago.

A ideia inicial é fazer o alargamento das praias da região do Perequê, onde o nível do mar tem alcançado trechos da malha urbana. Em algumas ocasiões, a água destruiu ciclovias e chegou a atingir as casas. Estão previstas intervenções nas praias Barra Velha, Perequê, Itaquanduba, Engenho D’Água, Vila e Ponta do Pequeá. O custo estimado para a obra toda é de R$ 20 milhões. A ideia é que a praia recupere a faixa de areia que tinha há 30 anos.

Segundo Colucci, as obras do porto de São Sebastião e do terminal da Petrobras alteraram o fluxo da água salgada no entorno da ilha e houve a erosão das faixas de areia. “Em alguns casos, perdemos de 20 a 30 metros de praia, principalmente na área do canal. O projeto prevê recuperar o que foi perdido e recompor a faixa de areia”, disse. A previsão é de repor 500 mil metros cúbicos de areia em cerca de 5 km de praias. A empresa vencedora da licitação vai prospectar as melhores jazidas para a retirada da areia, seguindo orientações do INPH.

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