IDH: Pandemia de covid-19 impactou o desenvolvimento humano no Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 13 de março de 2024 às 14h00.
Última atualização em 13 de março de 2024 às 15h52.
O Brasil melhorou no desenvolvimento humano, mas ainda não conseguiu recuperar os índices de bem-estar social de antes da pandemia. O país está atrasado em comparação com o mundo, que já conseguiu voltar a ter indicadores de antes da crise sanitária
O IDH do país passou de 0,754 para 0,760, ainda inferior ao que o Brasil ostentava antes da Covid-19, que era de 0,766. O país está à frente de vizinhos como Colômbia e Venezuela. Mas segue atrás da Argentina, Peru, Uruguai, Chile, além de México e Cuba. A média da América Latina e Caribe é de um IDH de 0,763, acima do brasileiro. O IDH do mundo é de 0,739. O máximo do IDH é 1.
No mundo, o indicador foi para 0,739, o mesmo de 2019.
A melhora do Brasil ocorreu graças principalmente a um aumento da expectativa de vida, que subiu de 72,8 para 73,4 anos, em relação a 2021, depois de uma queda causada pela pandemia.
Apesar da melhora, o país ainda não alcançou o patamar em que estava antes da crise de saúde. Em 2019, a expectativa de vida era de 75,3 anos. A renda per capita também aumentou de US$ 14.370 para US$ 14.615 ao ano, de 2022 para 2021.
Além da expectativa de vida ainda estar abaixo do nível pré-pandemia, os indicadores de educação também ficaram estagnados no período. Esses fatores explicam parte dessa piora de desempenho em relação ao mundo. O Brasil conseguiu voltar aos níveis de 2017.
O mundo avançou mais em educação, os anos de estudo esperados subiram de 12,8 para 13, enquanto o do Brasil ficou praticamente estagnado.
A expectativa de escolaridade no país (que considera a estimativa de média de anos de estudos que a atual geração de crianças terá quando completar seu ciclo escolar) caiu de 15,59 para 15,58 anos.
Segundo o Pnud, o Brasil caiu em posições, assim como diversos outros países, com as crises globais, principalmente pela pandemia. Mas, em relação aos últimos anos, o Brasil cresceu muito rapidamente, o que poderá voltar a ser tendência nos próximos anos, avalia a agência da ONU.
No Brasil, quando o IDH é ajustado à desigualdade, o país perde 24% do seu índice.