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Ida de Dilma ao Congresso mostra humildade, diz parlamentar

Acompanhada por 11 ministros, sendo oito mulheres, Dilma participou de sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos sete anos da Lei Maria da Penha


	Dilma Rousseff no Congresso: “Sua presença aqui, por vontade e iniciativa próprias, é a enfática demonstração de respeito ao Legislativo e devoção à democracia”, disse Renan Calheiros
 (Wilson Dias/ABr)

Dilma Rousseff no Congresso: “Sua presença aqui, por vontade e iniciativa próprias, é a enfática demonstração de respeito ao Legislativo e devoção à democracia”, disse Renan Calheiros (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 14h48.

Brasília – Acompanhada por 11 ministros, sendo oito mulheres, a presidente Dilma Rousseff participou hoje (27) de sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos sete anos da Lei Maria da Penha. Na solenidade, a presidente também recebeu o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher.

Desde que assumiu a Presidência da República, esta foi a quarta vez que Dilma foi ao Congresso Nacional. A visita ocorre em um momento em que deputados e senadores têm uma pauta carregada de temas polêmicos e importantes para votar. Em um plenário lotado de parlamentares da base governista, representantes de entidades feministas e do Judiciário, a presença da presidente foi vista como mais um gesto de aproximação com o Legislativo.

“A sua visita muito nos honra. Venha mais vezes nos visitar, a democracia se fortalece”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL) também agradeceu a presença da presidente no Parlamento e destacou que, apesar de qualquer diferença política, deputados e senadores já demostraram e, segundo ele, vão continuar demostrando que o Brasil está acima de disputas políticas e partidárias.

“Sua presença aqui, por vontade e iniciativa próprias, é a enfática demonstração de respeito ao Legislativo e devoção à democracia e de pendor pelo diálogo com os demais poderes da República.”

Renan enfatizou que o Congresso “sabe reconhecer gestos de humildade e atenção”, por isso, está permanentemente aberto à interação com o Executivo e o Judiciário por um Brasil mais justo e igualitário.

Ele destacou que serão votados, ainda nesta semana, 13 projetos de lei e um de resolução do Senado que tratam de temas de interesse da mulher. Na lista, há sete projetos apresentados como resultado do relatório final da CPMI que vão a votação em segundo turno hoje.


O principal projeto (PLS 292/2013) define o crime de feminicídio como uma "forma extrema de violência de gênero que resulta na morte da mulher". Pela proposta, o crime pode ser configurado em três situações: quando há relação íntima (de afeto ou parentesco) entre vítima e agressor, quando há qualquer tipo de violência sexual e quando há mutilação ou desfiguração da vítima.

Também estão na pauta da semana os projetos de lei 293, que classifica a violência doméstica de crime de tortura; o 295, que prevê atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS); o 296, que permite às vítimas receber ajuda temporária da Previdência; o 298, que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres; o 297, que destina parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional à manutenção de casas de abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica; e a 294, que exige rapidez na análise da prisão preventiva para os agressores.

Depois de aprovadas pelo plenário do Senado, os projetos seguem para a Câmara dos Deputados.

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