Brasil

ICMS e corte de gastos garantirão investimentos, diz Haddad

Quando anunciou a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3, o prefeito disse que seria necessário cortar investimentos para arcar com a despesa


	O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT): ele informou que o tempo de viagem pode reduzir de 30 a 50 minutos com a implantação das faixas exclusivas.
 (Marcelo Camargo/ABr)

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT): ele informou que o tempo de viagem pode reduzir de 30 a 50 minutos com a implantação das faixas exclusivas. (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 16h16.

São Paulo - O corte de despesas e o novo aporte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) possibilitarão à prefeitura da capital paulista manter os investimentos previstos para 2013, mesmo com a revogação do aumento da tarifa de transporte público.

Segundo o prefeito Fernando Haddad, a repactuação de contratos já assinados resultou em uma economia de R$ 500 milhões e o parcelamento de dívidas do ICMS gerou uma receita extra para São Paulo no valor de R$ 226 milhões, não previstos no orçamento.

No dia 19 de junho, quando anunciou a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3, o prefeito disse que seria necessário cortar investimentos para arcar com a despesa adicional, tendo em vista que as empresas não teriam como assumir esse custo.

"Este ano, nós vamos conseguir, com esta receita adicional [do ICMS], honrar o prejuízo que tivemos com a redução da tarifa. Esse ganho de R$ 500 milhões de reais, revendo os contratos, também vai nos ajudar a fechar as contas do ano", declarou. Para 2014, no entanto, ele não garantiu que o mesmo ocorra. "É outra etapa que nós vamos ter que cumprir acelerando os programas de economia da prefeitura", complementou.

Ao comentar a criação de uma faixa exclusiva para ônibus na Marginal Pinheiros, que começou a funcionar hoje (1), Haddad disse que considera a questão da velocidade o problema central dos transportes na capital.

"O que torna o ônibus ruim e caro é a velocidade baixa. A qualidade cai porque as pessoas querem entrar no ônibus a qualquer custo com medo do atraso do seguinte e os custos aumentam porque é mais combustível e força de trabalho para transportar o mesmo número de pessoas", explicou.

Ele informou que o tempo de viagem pode reduzir de 30 a 50 minutos com a implantação das faixas exclusivas. O prefeito acrescentou que todas as grandes avenidas de São Paulo terão esse tipo de serviço. Haddad lembrou que trens, metrô e ônibus transportam dois terços dos trabalhadores paulistanos. O prefeito declarou que espera conseguir financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, com o objetivo de implantar os corredores exclusivos de ônibus no valor de R$ 1,7 bilhão.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFernando HaddadMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosSão Paulo capitalTransporte público

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil