84% dos consultados disseram que são a favor das manifestações populares que tomaram as ruas do país nos últimos meses (REUTERS/Alex Almeida)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2013 às 16h41.
Brasília - Pesquisa do Ibope Inteligência, encomendada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), da qual faz parte a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), revelou nesta terça-feira que 85% da população brasileira são a favor de uma reforma política.
O levantamento mostrou também que 84% dos entrevistados acreditam que, se aprovada, a reforma deve vigorar já para o pleito do ano que vem. O Ibope Inteligência ouviu, entre 27 e 30 de julho, 1500 pessoas com mais de 16 anos, por telefone. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos.
O MCCE encabeça a proposta de lei de iniciativa popular "Eleições Limpas", que propõe uma reforma política e precisa reunir 1,6 milhão de assinaturas para começar a tramitar no Congresso.
Na pesquisa, 92% dos entrevistados disseram que são a favor de que a reforma política aconteça por meio de uma proposta de iniciativa popular.
Sobre doações eleitorais, 78% se manifestaram contrário a que empresas privadas possam contribuir com recursos a partidos e candidatos. Na mesma linha, 80% dos entrevistados disseram que deveria haver um limite para o uso de dinheiro público nas campanhas eleitorais.
O Ibope também mostrou que 90% querem uma punição mais severa para quem pratica o Caixa 2. Por último, 84% disseram que são a favor das manifestações populares que tomaram as ruas do País nos últimos meses.
"Eleições Limpas"
O projeto de iniciativa popular "Eleições Limpas" está em processo de coleta de assinaturas para ser apresentado ao Congresso Nacional. O "Eleições Limpas" prevê uma reforma política na qual conste o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas. Seria permitido, pelo projeto, a doação por pessoa física, com um limite preestabelecido.
A proposta sugere, ainda, uma eleição para o Legislativo em dois turnos, na qual o eleitor escolheria, em um primeiro momento, o partido. No segundo turno, com o número de cadeiras por sigla já estabelecido, o cidadão escolheria o candidato.