Presidente Dilma Rousseff em campanha em São Bernardo do Campo (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 19h02.
Brasília - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), comemorou o resultado da pesquisa Ibope, encomendada pelo Estadão e Rede Globo, e divulgada há pouco.
A sondagem mostrou que, no primeiro turno, a presidente Dilma Rousseff cresceu de 34% para 37%, empatada tecnicamente com Marina Silva, que subiu de 29% para 33%.
O tucano Aécio Neves caiu de 19% para 15%. No confronto direto do segundo turno, Marina bate Dilma por 46% a 39%, reduzindo a diferença anterior, de 45% a 36%.
"O resultado revigora a militância e vai dar um gás gigantesco", disse o líder petista, que também coordena a campanha de Dilma em Pernambuco.
Para Humberto Costa, a pesquisa anterior, divulgada na semana passada, ainda estava sob o efeito de uma novidade, que foi o surgimento da candidatura de Marina.
Ele disse que inicialmente a candidata do PSB fazia um discurso "muito marcado pela generalidade".
"Isso fazia com que as pessoas aderissem sem uma reflexão maior", afirmou.
"A partir do momento em que ela começa a ser questionada, assim como seu programa de governo, a dúvida ressurge e eu acredito que daqui para frente esse questionamento e essa reflexão vão aumentar", destacou.
O líder do PT atribuiu o crescimento de Dilma à propaganda eleitoral, que tem mostrado as ações e realizações do governo. Ele disse que os programas, que começaram a ir ao ar em meados do mês, não têm efeito imediato.
Costa disse não ter considerado um "erro" o programa eleitoral de Dilma veiculado na quarta-feira, que comparou Marina aos ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros. Ambos não conseguiram completar os mandatos.
"Não acho que foi um erro, mas acho que tem que ser uma coisa mais explicada, porque foram situações diferentes", disse, ao destacar que é importante mostrar que, sem uma base social, partidária e força no Congresso Nacional, não se governa.
O petista disse que o tom da campanha na TV deve fazer o debate político e racional, tomando cuidado para não usar "argumentos que não são efetivamente convincentes".
Segundo ele, é preciso mostrar as diferenças das propostas de visão de Brasil e debater a governabilidade. Em relação aos ataques, disse que é preciso ter cautela, uma vez que Marina é "craque em se vitimizar".