Maior parte dos conflitos trabalhistas foi citada por moradores do Sudeste, 24,8% (stock.XCHNG)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 11h28.
Rio de Janeiro - Pesquisa divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o maior motivo de conflito para a população brasileira são os problemas trabalhistas. Dos 12,6 milhões de brasileiros envolvidos em algum tipo de conflito nos cinco anos que antecederam a pesquisa, 23,3% citaram motivos relacionados ao trabalho.
Feito com pessoas de 18 anos ou mais entre setembro de 2008 e o mesmo mês de 2009, o levantamento mostra que os conflitos familiares e criminais foram considerados os mais graves, por 22% e 12,6% dos entrevistados, respectivamente. O total de 12,6 milhões de brasileiros envolvidos em conflito equivale a 9,4% das pessoas nessa faixa de idade.
De acordo com o levantamento, a maior parte dos conflitos trabalhistas foi citada por moradores da Região Sudeste (24,8%). Os relacionados a questões familiares preocupam mais no Norte (29,9%), assim como os conflitos criminais (15,8%). Esse problema também foi citado com o conflito mais grave por 15,7% da população do Centro-Oeste.
Também chama atenção na pesquisa o percentual de pessoas que tiveram conflito envolvendo terras e moradia nas regiões Norte e Nordeste, 6,7% e 5,1%, respectivamente. no país, a média de problemas com essa situação foi de 4,8%.
Segundo a pesquisa, 11,7 milhões de pessoas tentaram resolver esses problemas, sendo que 5,8 milhões (49,2%) tiveram a causa solucionada. A maior parte recorreu à ação judicial formal (57,8%), além dos juizados de Pequenas Causas (12,4%).
O Procon foi o órgão apontado com a maior participação na solução dos conflitos (69,4%). Já a ação judicial normal teve o maior percentual de casos não solucionados (56,5%). "É preciso lembrar que o Procon tem instrumentos mais dinâmicos de resolução enquanto o Judiciário envolve trâmites mais lentos", ressaltou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.
O tempo de solução de conflitos foi de cerca de um ano, em todas as situações, sendo que 90% dos casos foram resolvidos no Procon e 60%, no Judiciário.