Ainda há um desnível de educação no mercado. De 40,2 milhões de trabalhadores assalariados, 33,6 milhões não tinham nível superior, que corresponde a 83,5% (Sara Haj Hassan/Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2011 às 21h23.
Rio de Janeiro - Os homens ainda são maioria no mercado de trabalho e possuem salário maior que o das mulheres, segundo o Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, ao contrário do que ocorria no passado, o gênero não é mais tão determinante para o sucesso profissional. O que impulsiona o salário atualmente é o nível de escolaridade. Embora os homens ganhassem 24,1% a mais que as mulheres, segundo a média nacional, a escolaridade mostrou-se fundamental. Em 2009, os trabalhadores que tinham curso superior ganhavam um salário 225% maior que os que não concluíram a faculdade.
De um montante de 40,2 milhões de trabalhadores assalariados, 33,6 milhões não tinham nível superior (83,5%), contra apenas 6,6 milhões de pessoas com curso superior (16,5%). No entanto, essa fatia de trabalhadores que concluíram a faculdade concentrou R$ 310,6 bilhões, ou 39,7% da massa salarial, enquanto os outros R$ 471,3 bilhões (60,3%) foram distribuídos entre os trabalhadores com menor escolaridade.
O salário médio mensal, em 2009, foi de R$ 1.540,59 - ou 3,3 salários mínimos. Os homens receberam em média R$ 1.682,07, ou 3,6 salários, enquanto as mulheres receberam R$ 1.346,16, ou 2,9 salários. O levantamento foi conduzido com 4,8 milhões de empresas e organizações, que reuniam 40,2 milhões de assalariados, sendo que 23,4 milhões (58,1%) eram homens e 33,6 milhões (83,5%) não tinham nível superior.