Apreensão: foram apreendidas toras de ucuúba, marupá, jacareúba, cedro, cedrorana, louro e samaúma (foto/Thinkstock)
Agência Brasil
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 15h22.
Uma ação integrada de fiscalização envolvendo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Exército, a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Polícia Federal e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas na fronteira com o Peru levou à apreensão de uma jangada com 432 toras de madeira. O flagrante ocorreu no Rio Javari, em Atalaia do Norte (AM).
As toras apreendidas chegaram hoje (15) a Benjamin Constant (AM) e ficarão sob a guarda do Exército até serem doadas.
Um peruano que transportava as toras foi abordado pela equipe de fiscalização e apresentou documentação sobre a origem da madeira com informações inconsistentes. O estrangeiro não portava nota fiscal e foi multado em R$ 130,5 mil.
Foram apreendidas toras de ucuúba, marupá, jacareúba, cedro, cedrorana, louro e samaúma. O cedro está listado na Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora (Cites) e, por isso, é necessária licença especial para entrada ou saída do país.
Segundo a Funai, parte das toras foi extraída ilegalmente em território brasileiro, na Terra Indígena Vale do Javari, segunda maior do país, com 8,5 milhões de hectares.
A ação faz parte da Operação Javari, que combate o tráfico de biodiversidade na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Na região, segundo o Ibama, é recorrente o tráfico de madeira e de peixes ornamentais.