Carlos Siqueira: então coordenador da campanha, Siqueira deixou hoje o posto (Reprodução/PSB/Humberto Pradera/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 15h35.
Brasília - A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, classificou nesta quinta-feira de "mal entendido" as divergências que levaram à saída de Carlos Siqueira da coordenação geral da campanha.
Marina relatou que disse aos dirigentes do partido, em uma reunião ontem, que o nome para a coordenação da campanha seria indicado pela cúpula socialista.
"Eu não iria fazer interferência na coordenação já indicada pelo PSB", disse a ex-ministra.
"Estamos diante de uma situação que tem um mal entendido e o próprio PSB precisa entender".
Ela disse que pediu que o comitê financeiro da candidatura fosse assumido por um de seus mais próximos aliados, Bazileu Margarido, e que o porta-voz da Rede, Walter Feldman, ficasse como coordenador de campanha adjunto.
De acordo com relatos de pessoas presentes à reunião de ontem, Siqueira entendeu que, com o gesto, estava sendo afastado das funções pela agora candidata, confirmada ontem pela Executiva nacional do PSB.
Então coordenador da campanha, Carlos Siqueira deixou hoje o posto.
Ao chegar na sede da legenda, em Brasília, ele disse que a campanha entra agora em uma nova fase e que ele ocupava o cargo quando o candidato era o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto na semana passada em um acidente aéreo.
"Eu estava na coordenação de uma pessoa que era do meu partido e em quem eu tinha confiança", disse Siqueira, hoje, mais cedo.
Marina não respondeu diretamente se o PSL estava de fato deixando a aliança e disse apenas que o partido não estava presente nesta reunião por "circunstâncias pessoais".
Marina repetiu hoje que os compromissos "programáticos" acertados pela aliança PSB-Rede, costurado por Campos, eram os compromissos da coligação.
Ela citou bandeiras como o aumento de investimentos na área da saúde, a adoção do Passe Livre e a educação em tempo integral, além da melhora da infraestrutura brasileira.
"Não faz sentido o Brasil perder 30% da sua produção agrícola por falta de infraestrutura", disse.