Coronavírus: operadoras estão remarcando procedimentos (Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de março de 2020 às 11h54.
Última atualização em 23 de março de 2020 às 15h43.
Hospitais e operadoras de planos de saúde estão adiando cirurgias e procedimentos não urgentes para deixar os leitos hospitalares livres para os prováveis pacientes do coronavírus. De acordo com a Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo (Fehoesp), as instituições já suspendem atendimentos ambulatoriais e "reservam energias" para prover a infraestrutura de capacidade máxima para atender à nova demanda. Conforme a entidade, a suspensão de cirurgias eletivas atende à recomendação do Ministério da Saúde. Os procedimentos estão sendo remarcados.
De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a situação do coronavírus no Brasil saiu da fase de contenção (foco para evitar a transmissão do vírus) e passou para a fase de mitigação, quando as ações e medidas têm o objetivo de evitar a ocorrência de casos graves e óbitos.
Se o beneficiário do plano de saúde tiver dúvida, a recomendação é de que, antes de se dirigir a um pronto-socorro ou pronto-atendimento, entre em contato com sua operadora. A Abramge lembra que o exame de detecção do coronavírus é coberto para todos os beneficiários de planos de saúde, sendo indicado somente para casos graves que necessitam de internação. Além dos hospitais públicos, clínicas e hospitais privados estão reduzindo a visita a pacientes para prevenir a disseminação do vírus.
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) recomendou ontem aos profissionais de saúde bucal que priorizem o atendimento odontológico de urgência e emergência, diante do aumento de casos confirmados e registro de mortes pelo coronavírus.