Horário de verão (Arquivo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 9 de outubro de 2024 às 06h59.
Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 07h01.
O início da época de chuvas em outubro, além da pressão do setor aéreo e de parte da indústria esfriaram as discussões sobre a volta do horário de verão, no Ministério de Minas e Energia.
Como forma de compensação, a pasta de Alexandre Silveira pediu estudos ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre alternativas para compensar o que seria a economia causada pelo horário diferenciado, estimado em R$ 400 milhões. Desde 2019 o horário de verão não é adotado no Brasil.
Entre as alternativas avaliadas estão buscar termelétricas mais baratas (embora isso seja um cálculo feito de acordo com o preço dos combustíveis) e ampliar o uso de linhas de transmissão de Itaipu.
O martelo será batido pelo presidente Lula na próxima semana. A volta do horário de verão não foi bem recebida pela indústria, que temia aumento de custos em outras áreas além da energia.
Já representantes da aviação civil divulgaram comunicado conjunto alegando que precisariam de aviso prévio de 180 dias para adequar a malha aérea. Para o setor, a medida tem impacto em toda logística, prejudicando, sobretudo, voos internacionais.
Os setores do comércio, turismo, bares e restaurantes querem a adoção da medida.
No dia 19 de setembro, o ministro Alexandre Silveira anunciou que o ONS e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) concluíram ser prudente a volta do horário de verão.
A estratégia seria deslocar o pico de consumo para um horário com mais geração solar, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, mais caras e poluentes, para atender à demanda, em meio ao agravamento da seca.
Já nesta terça-feira, Silveira disse que a medida somente seria tomada em último caso.
"Se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso (que começa normalmente em outubro)", disse Silveira, após evento sobre sanção do projeto do "combustível do futuro".