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Homem detido no Rio viajou à Síria para jurar lealdade ao EI

Segundo o ministro da Justiça, o suspeito de terrorismo detido no Rio de Janeiro chegou a viajar à Síria para jurar lealdade ao Estado Islâmico


	Alexandre de Moraes: "ele já tinha um envolvimento com entidades terroristas, uma ligação desde a Copa do Mundo", disse o ministro
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Alexandre de Moraes: "ele já tinha um envolvimento com entidades terroristas, uma ligação desde a Copa do Mundo", disse o ministro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2016 às 22h36.

Rio de Janeiro - O brasileiro detido nesta quinta-feira no Rio de Janeiro por suspeitas de ser simpatizante de grupos terroristas chegou a viajar à Síria para jurar lealdade ao Estado Islâmico (EI), segundo afirmou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

A detenção de um novo acusado de associação ao terrorismo a apenas oito dias da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro se seguiu a outras 12 efetuadas na semana passada no marco de investigações sobre a suposta atividade de terroristas que poderiam planejar atentados durante as Olimpíadas do Rio.

Segundo o ministro da Justiça, Chaer Kalaoun, brasileiro de 34 anos, descendente de libaneses, de religião muçulmana e detido nesta quinta-feira em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, era vigiado pela polícia por seus supostos contatos com grupos terroristas desde 2014, quando o Brasil organizou a Copa do Mundo.

"Ele já tinha um envolvimento com entidades terroristas, uma ligação desde a Copa do Mundo. Ele certamente saiu do Brasil, esteve na Síria, voltou ao Brasil, fez o juramento ao Estado Islâmico", afirmou Moraes a jornalistas.

O ministro destacou que sua detenção, que não tem vínculo nenhum com as realizadas na semana passada, foi solicitada agora perante a necessidade de submetê-lo a um interrogatório para realizar uma investigação mais detalhada.

Moraes acrescentou que as detenções dos últimos dias foram possíveis graças à entrada em vigor no Brasil há dois meses da Lei Antiterrorismo que concedeu às autoridades mais poderes para prevenir atos de terrorismo.

"Antes dessa lei não havia possibilidade de pedir a detenção de alguém que estivesse preparando possíveis atos terroristas. Era preciso esperar que fizesse algo", comentou.

Kalaoun é acusado formalmente de supostos vínculos com o Estado Islâmico, de fazer apologia ao terrorismo e de defender, em conversas nas redes sociais, as ações violentas dessa organização.

Na semana passada, o Ministério da Justiça informou da detenção de 12 pessoas, todos brasileiros, que supostamente formavam o que foi qualificado como "célula" terrorista "amadora" e "desorganizada".

Segundo as autoridades, essas pessoas trocavam mensagens nas redes sociais nas quais exaltavam o Estado Islâmico e inclusive buscavam adquirir armas através de vendedores clandestinos que operam no Paraguai.

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