Dilma e George Hilton: ministro informou que fez acordo extrajudicial para pagamento da dívida em parcelas (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 20h05.
Brasília - O ministro do Esporte, George Hilton, reconheceu que tem uma dívida com a Caixa contraída no cartão de crédito, mas não quis passar mais detalhes com a alegação de que o débito diz respeito à "privacidade" dele.
Por meio da assessoria de imprensa, ele disse que "tomou um susto" com a informação de que a Caixa abriu processo contra ele na Justiça Federal em Minas Gerais para recuperar a dívida.
"Sobre a questão da dívida com cartão de crédito, o ministro tanto a reconhece como está em andamento um acordo extrajudicial para pagamento. As questões sobre o quê e quando foi comprado dizem respeito à privacidade do ministro", informou a assessoria de imprensa do ministro.
Hilton informou que fez um acordo extrajudicial para o pagamento da dívida em parcelas.
Segundo ele, a primeira prestação foi paga em junho do ano passado e, desde então, todas as outras parcelas foram quitadas em dia.
No entanto, por meio da assessoria de imprensa, a Caixa confirmou que o processo contra o ministro foi aberto na Justiça em Minas Gerais no dia 18 de dezembro de 2014.
Ou seja, se o acordo extrajudicial estivesse em dia, o banco não precisaria recorrer à cobrança judicial para recuperar o débito.
"O banco esclarece que o processo está sob proteção de sigilo bancário e já houve desistência da ação por parte da Caixa, em virtude da negociação entre as partes", informou a instituição financeira.
O banco desistiu do processo depois de ser questionado pela reportagem e não explicou se o departamento jurídico teria negociado o parcelamento da dívida em um dia.
"O ministro não falou com ninguém do alto escalão ", informou a assessoria de imprensa de Hilton, ao justificar que a decisão por retirar o processo foi unilateral do banco.
Sobre a não declaração da empresa Visão Locação e Transportes Ltda. à Justiça Eleitoral, a assessoria informou que o ministro não a declarou como parte do patrimônio porque a empresa está inativa há oito anos, não possui bens, nem faturamento, sequer funcionários.
"O ministro é um homem público, que conclui o quarto mandato eletivo consecutivo - iniciará o quinto a partir de fevereiro -, com endereços conhecidos em Minas Gerais e no Distrito Federal", afirmou.