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Herman reforça defesa por uso de delações da Odebrecht

O posicionamento de Herman Benjamin foi bombardeado pelos colegas ministros Tarcísio Vieira, Napoleão Nunes Maia Filho e Admar Gonzaga

Herman Benjamin: o presidente da Casa, Gilmar Mendes, tentou interromper a divergência entre Herman e Tarcísio (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

Herman Benjamin: o presidente da Casa, Gilmar Mendes, tentou interromper a divergência entre Herman e Tarcísio (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2017 às 13h41.

Brasília - Diante de sinais de que a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) excluirá delações da Odebrecht na análise da ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, o ministro relator do caso, Herman Benjamin, reforçou nesta quinta-feira, 8, no plenário da Casa, o seu posicionamento a favor da apreciação de novas denúncias envolvendo a campanha presidencial de 2014.

O posicionamento de Herman Benjamin foi bombardeado pelos colegas ministros Tarcísio Vieira, Napoleão Nunes Maia Filho e Admar Gonzaga.

Tarcísio afirmou que não aceitaria fatos surgidos a partir de 1º de março deste ano. "No meu voto, não vou avaliar depoimentos de Marcelo Odebrecht, João Santana e Mônica Moura", disse, referindo-se a delações divulgadas nos últimos três meses.

Herman Benjamin pediu que Tarcísio deixasse "claro" se excluía apenas "fatos novos" ou todas as denúncias envolvendo a Odebrecht. Tarcísio respondeu: "Caixa 2 não está em julgamento, nem caixa 3; apenas caixa 1".

Em seguida, Herman disse que a posição do ministro "agora" estava "clara". "Sua manifestação serve para o seu voto, não para o meu", rebateu Tarcísio.

Ainda em clima tenso, Tarcísio comentou sobre a possibilidade de julgamento na esfera penal das denúncias. Herman comentou: "Se fôssemos esperar a Justiça Penal para proferir nossos votos, não teríamos nem julgamento aqui".

O presidente da Casa, Gilmar Mendes, tentou interromper a divergência entre Herman e Tarcísio. Foi quando classificou como um "belíssimo voto" o posicionamento de Tarcísio.

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