O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Ueslei Marcelino/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 11h30.
Última atualização em 14 de agosto de 2017 às 12h14.
São Paulo - Roberta Luchsinger, neta do suíço Peter Paul Arnold Luchsinger*, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que fez uma doação pessoal no valor de 500 mil reais em dinheiro, joias e objetos de valor ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, o petista pode usar os recursos "conforme as necessidades dele".
Segundo informações publicadas nesta sexta-feira (11), Roberta decidiu lançar um movimento de apoio financeiro ao petista depois que o juiz Sergio Moro bloqueou os bens do ex-presidente e estabeleceu uma multa de 16 milhões de reais no âmbito da Operação Lava Jato.
Ainda de acordo com a publicação, se convidada, ela estaria disposta a participar da caravana de Lula pelo país. A viagem deve começar no dia 17 de agosto pela Bahia e levará 21 dias até chegar ao Maranhão.
Ao jornal ela também afirmou que pretende se lançar candidata a deputada estadual pelo PCdoB na disputa eleitoral de 2018.
Entenda
No último dia 12 de julho, Lula foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado na Lava Jato.
Em sua sentença, o juiz estabeleceu multa de 16 milhões de reais ao ex-presidente que, segundo a denúncia, teriam sido depositados como propina na conta bancária compartilhada entre o PT e a OAS Empreendimentos.
No dia 19 de julho, por ordem do magistrado, o Banco Central bloqueou 606 mil reais do ex-presidente.
O dinheiro estava depositado em quatro contas bancárias do petista: 397.636,09 reais (Banco do Brasil); 123.831,05 reais (Caixa Econômica Federal); 63.702,54 reais (Bradesco) e 21.557,44 reais (Itaú). Moro também confiscou três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e também dois veículos.
*Atualizado no dia 14 de agosto às 12h para corrigir a informação de que Roberta Luchsinger seria herdeira do banco Credit Suisse. Em nota, a assessoria de imprensa do Credit Suisse questionou a informação publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e incorporada na matéria por EXAME.com. "O Credit Suisse foi fundado por Alfred Escher em 1856. Escher teve filhos que não deixaram herdeiros. O Credit Suisse reitera ainda que nunca foi gerido como uma família, mas sempre como uma corporação", diz o texto enviado pelo banco a EXAME.com.