Rodrigo Maia: presidente da Câmara disse que general Augusto Heleno virou "auxiliar do radicalismo de Olavo de Carvalho" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de novembro de 2019 às 13h13.
Última atualização em 4 de novembro de 2019 às 13h16.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 4, que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, virou "um auxiliar do radicalismo do Olavo de Carvalho", escritor considerado o guru do bolsonarismo. Maia deu a declaração ao comentar a fala do militar sobre a ideia aventada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de se editar um "novo AI-5".
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro afirmou que se o Brasil registrar protestos similares aos que ocorrem no Chile, algo terá de ser feito e disse que editar um "novo AI-5" exigiria estudos, pois o "regime democrático" impõe que uma proposta como essa passe "em um monte de lugares".
"Acho que a frase dele foi grave. Além disso ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil. É uma cabeça ideológica. Infelizmente o general Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo. É uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha", disse Maia. O presidente da Casa disse ainda que há um pedido de convocação do ministro em análise na Câmara.
Maia deu a declaração em Jaboatão dos Guararapes (PE) onde está para receber uma homenagem a ele e a parlamentares que defendem o crescimento do Nordeste. Ele informou ainda que conversará com deputados da região para decidir sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Óleo, para investigar o que causou o derramamento de petróleo que atingiu o litoral nordestino.