São Paulo - A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta segunda-feira, 10, que os seis haitianos feridos no Glicério, centro da capital, no dia 1.º foram alvo de balas de chumbinho. Eles foram atingidos nas pernas e não correm riscos.
Uma das suspeitas é de que eles tenham sido alvos de xenofobia.
Três das vítimas fizeram exames nesta segunda no Hospital Municipal do Tatuapé, na zona leste. Dois deles, de acordo com a pasta, passarão por cirurgias para extrair estilhaços das balas.
Outro haitiano ainda será novamente avaliado pelos médicos.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que o 1.º Distrito Policial (Sé) está apurando o caso.
Segundo a pasta, "a polícia está colhendo o depoimento dessas vítimas e de testemunhas e não irá revelar detalhes para não comprometer a investigação".
O grupo de haitianos, relatam as próprias vítimas, foram alvos de vários ataques.
O padre Paolo Parisi, da Igreja Nossa Senhora da Paz, no Glicério, disse que a maioria dos atingidos pelos disparos não se conheciam. Imagens das câmeras de vigilância do comércio local também foram requisitadas pelos investigadores.
Rigor
Felipe González, relator sobre direitos dos migrantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), disse que é necessária uma investigação "rápida e rigorosa" sobre o caso.
"Para saber, ao final, se há ou não motivos xenofóbicos", disse ele nesta segunda-feira, 10. González está em São Paulo para debates sobre políticas migratórias.
O Congresso Nacional discute atualmente uma nova Lei de Migrações para substituir o Estatuto do Estrangeiro, aprovado em 1980, ainda na época da ditadura militar.
Aprovado no Senado em julho, o projeto da Lei de Migrações deve começar a ser votado na Câmara no segundo semestre.
Segundo ativistas da área, alguns dos avanços da proposta é a redução de burocracias para migrantes, além de garantias ao acesso à justiça e reunião familiar. Com a mudança, a política migratória deixa de ser da segurança nacional e passa a integrar a área de direitos humanos.
Para Felipe González, porém, seria importante também criar uma autoridade civil que pudesse tratar do controle migratório, além da Polícia Federal.
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1. Mudança
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1/12 (FABIO MANGABEIRA)
São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber
imigrantes, segundo o índice
MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O
ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
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2. 33º) Letônia – 31 pontos
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2/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 36
Possibilidade de reunir a família: 46
Residência de longo prazo: 59
Políticas contra discriminação: 25
Participação política:18
Acesso à nacionalidade: 15
Educação:17
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3. 32º) Chipre – 35 pontos
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3/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família:39
Residência de longo prazo:37
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 32
Educação: 33
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4. 31º) Eslováquia – 36 pontos
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4/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família: 53
Residência de longo prazo: 50
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 21
Acesso à nacionalidade: 27
Educação: 24
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5. 30º) Malta – 37 pontos
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5/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 43
Possibilidade de reunir a família: 48
Residência de longo prazo: 64
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 26
Educação: 16
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6. 29º) Japão – 38 pontos
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6/12 (Kiyoshi Ota/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 62
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 14
Participação política: 27
Acesso à nacionalidade: 33
Educação: 19
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7. 28º) Lituânia – 40 pontos
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7/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 46
Possibilidade de reunir a família: 59
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 55
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 20
Educação: 17
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8. 27º) Bulgária – 41 pontos
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8/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 40
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 80
Participação política: 17
Acesso à nacionalidade: 24
Educação:15
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9. 26º) Polônia – 42 pontos
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9/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 48
Possibilidade de reunir a família: 67
Residência de longo prazo: 65
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 13
Acesso à nacionalidade: 35
Educação: 29
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10. 25º) Áustria – 42 pontos
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10/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 56
Possibilidade de reunir a família: 41
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 40
Participação política: 33
Acesso à nacionalidade: 22
Educação: 44
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11. 24º) Suíça – 43 pontos
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11/12 (Mike Hewitt/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 53
Possibilidade de reunir a família: 40
Residência de longo prazo: 41
Políticas contra discriminação: 31
Participação política: 59
Acesso à nacionalidade: 36
Educação: 45
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12. Agora veja a ponta contrária do ranking
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12/12 (Sean Gallup/Getty Images)